Por mais ônibus ‘limpos’

Frente em Defesa da Eletromobilidade Brasileira vai discutir políticas para a inserção de veículos elétricos principalmente no transporte público das grandes cidades

Meio Ambiente / 16 de Julho de 2018 / 0 Comentários

Ônibus elétricos já rodam em Brasília

A- A A+

O Congresso Nacional lançou recentemente a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Eletromobilidade Brasileira, e a Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE) apresentou bandeiras do setor que devem ser defendidas para a criação de políticas de transporte público e particular. A frente começou com a adesão de 184 deputados federais e de dez senadores, sendo liderada pelo deputado federal Marcelo Matos (PSD-RJ).

Entre as pautas apresentadas pela ABVE estão o apoio do Congresso na criação de uma política nacional de eletromobilidade, a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos veículos elétricos e híbridos, o corte de impostos para ciclomotores elétricos e o cumprimento pelo governo federal das regras de habilitação de veículos leves e levíssimos previstos na Convenção de Viena sobre Trânsito Viário. Hoje, um carro totalmente elétrico paga 25% de IPI, e um híbrido, 13%. Um carro flex comum, com menos eficiência energética, paga 7% de IPI.

São Paulo sancionou lei para que frota de ônibus seja 100% limpa em 20 anos

Outro assunto defendido pela associação é o apoio a programas de conversão das frotas de ônibus a diesel para veículos elétricos e híbridos nas grandes cidades. Recentemente, uma fabricante de sistemas de tração elétrica e híbrida para ônibus alertou sobre a importância de se usarem ônibus 100% elétricos, trólebus e híbridos nas frotas das cidades.

Os veículos têm tecnologias que empregam energias sustentáveis e recursos renováveis. A falta de combustível, por exemplo, como ocorreu durante a greve dos caminhoneiros em maio, não impactaria o transporte coletivo de uma metrópole como São Paulo. Os ônibus elétricos e trólebus usam tecnologias limpas e não poluem o meio ambiente.

A Prefeitura de São Paulo sancionou neste ano uma lei que estabelece a redução da emissão de CO2 por toda a frota de ônibus. A programação é que se reduzam 50% em dez anos e 100% em 20 anos, ou seja, até 2038 toda a frota do transporte coletivo municipal da capital paulistana será de veículos que usam energia limpa.

Em entrevista à imprensa, a vice-presidente da ABVE, Iêda de Oliveira, explicou que os benefícios da mudança para a sociedade e o meio ambiente são imediatos. “As questões econômicas e de segurança operacional são partes agregadas ao cenário positivo com a diversidade da matriz energética do transporte coletivo das grandes cidades”, disse.

Abastecimento

Para o presidente da ABVE, Ricardo Guggisberg, chegou a hora de apostar na mudança da matriz energética do transporte público e particular. Em nota divulgada pela associação, ele afirmou que essa é uma questão estratégica. “O país não pode ficar vulnerável aos caprichos das cotações do petróleo, provocados por fatores externos fora do controle das autoridades nacionais”, afirmou em nota.

“O Brasil é um dos líderes mundiais em geração de eletricidade a partir de fontes renováveis. É também líder mundial em biocombustíveis. Tem uma indústria de transporte sustentável já instalada. Tem tecnologia e recursos humanos e materiais. Tem, portanto, todas as condições de acelerar essa urgente transição energética”, declarou o presidente em nota. (Com Agência Câmara de Notícias) 

 

AVISO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião de Revista Entrevias. É vedada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. Revista Entrevias poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema da matéria comentada.