Alerta para Trombose
No Dia Mundial da Trombose, Ministério da Saúde reforça a importância da prevenção e do diagnóstico precoce dessa doença silenciosa que pode ser fatal
Exames específicos podem detectar coágulos e prevenir a doença
Com a campanha “Mova-se contra a trombose”, o Ministério da Saúde faz alerta para a população e profissionais da saúde sobre a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento adequado dessa condição que, embora pouco conhecida pela maioria, pode representar risco grave quando não identificada. No dia 13 de outubro é celebrado o Dia Mundial da Trombose.
A trombose ocorre quando se forma um coágulo sanguíneo Ð ou trombo Ð dentro de um vaso (geralmente uma veia) sem que haja lesão local que justifique aquele processo. No Brasil, a forma mais comum é a Trombose Venosa Profunda (TVP), afetando veias profundas em membros inferiores, como pernas e coxas. Há também a forma arterial da trombose, que está envolvida em quadros de AVC e infarto, quando ocorre obstrução vascular total.
Segundo o Ministério da Saúde, quando não tratada adequadamente, a trombose pode evoluir para complicações severas, como a embolia pulmonar, fenômeno em que o trombo migra até artérias pulmonares, bloqueando o fluxo de sangue e provocando risco de morte. Além disso, sequelas no membro afetado, como edema crônico e dor persistente, também são possíveis.
Um dado alarmante: no Brasil, estima-se que haja cerca de 165 internações diárias por trombose, segundo levantamento da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular com base em dados públicos do Ministério da Saúde. Isso mostra que, embora muitas vezes invisível, o problema tem impacto real no sistema de saúde.
SINAIS DE ALERTA
Reconhecer os sintomas é fundamental para buscar atendimento médico o mais cedo possível. Segundo o portal do Ministério da Saúde, os sinais a observar incluem: dor súbita ou incômodo persistente em uma das pernas, diferente do habitual, especialmente em panturrilha ou região interna da coxa; inchaço (edema) localizado, muitas vezes repentino e piorando; vermelhidão ou coloração avermelhada ao longo da veia acometida; sensação de calor ou aumento de temperatura na região afetada.
Se ocorrerem sintomas como falta de ar súbita, dor no peito ao respirar ou tosse com sangue, deve-se considerar a possibilidade de embolia pulmonar e buscar socorro imediato. Em muitos casos, especialmente no início, a trombose pode ser silenciosa: estima-se que cerca de metade das pessoas com trombose não apresentem sintomas evidentes.
Conforme a Diretriz Conjunta sobre Tromboembolismo Venoso (2022), das sociedades médicas brasileiras, o diagnóstico é confirmado por exames de imagem, como ultrassonografia doppler venosa, tomografia ou ressonância, associados à análise laboratorial (D-dímero, entre outros).
RISCOS
Alguns fatores predispõem à formação de trombos: imobilização prolongada, obesidade, tabagismo, idade avançada, hipertensão, uso de hormônios (como anticoncepcionais ou terapia de reposição), histórico prévio de trombose, varizes, câncer e doenças cardíacas.
Para caminhoneiros e motoristas profissionais, existem riscos específicos derivados da rotina de longas jornadas ao volante, com permanência prolongada em posição sentada e poucas pausas para movimentação. Essa condição favorece o fluxo lento do sangue nas pernas, o que é um dos ingredientes para a formação de coágulos.
Em publicações de saúde ocupacional, afirma-se que motoristas profissionais devem observar fatores de risco vasculares, entre eles o sedentarismo, excesso de peso, histórico familiar e o uso de substâncias que aumentem a coagulação.
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