A produção e emplacamento de caminhões começou 2024 em queda, mas desde abril os números estão animando o mercado. A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) anunciou um aumento significativo na produção e emplacamento de caminhões no país, chegando a 10,8 mil caminhões vendidos. O resultado é o melhor desde dezembro de 2022, segundo a associação. A produção passou de 11 mil veículos.
Em relação a março, segundo a Anfavea, a produção teve aumento de 3,8% e crescimento expressivo de 60,7% em relação a abril do ano passado. No acumulado de janeiro a abril, o setor registrou aumento de 29,1% em relação ao mesmo período do ano anterior.
No caso das vendas, cujo indicador é o número de emplacamentos, abril teve crescimento de 8,8% em relação a março, e de 37,5% em comparação a abril de 2023. Nos quatro primeiros meses de 2024, houve aumento de 2,2% em comparação ao mesmo período de 2023.
Eduardo Freitas, vice-presidente da Anfavea, afirmou que a produção de abril apresentou alta significativa em comparação ao mesmo mês de 2023 e o número ocorre em um contexto marcado pela recente implementação da fase Proconve P8. “Embora estejamos partindo de uma base relativamente baixa, estamos seguindo uma trajetória de crescimento contínuo, retomando o que consideramos ser a normalidade para o nosso segmento de veículos pesados”, afirmou Eduardo.
No entanto, especialistas estão cautelosos quanto ao mercado daqui pra frente. Devido às enchentes no Rio Grande do Sul, pode haver impacto na indústria. Cláudio Sahad, presidente do Sindipeças, deu entrevista recente em que disse que foi feito um levantamento sobre a situação das fábricas de caminhões localizadas em Porto Alegre e região. Segundo ele, algumas tiveram as operações paralisadas já que foram significativamente afetadas.
Já em Gravataí e Caxias do Sul, segundo ele, as fábricas foram pouco afetadas, mas no caso de Caxias, enfrentam um desafio logístico por estarem isoladas.
Diante disso, o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, declarou que o momento exige cautela. “Isso devido ao impacto significativo nas cadeias de suprimentos e alterações consequentes no setor automotivo”, afirmou.
Diesel
O preço do diesel é sempre um ponto de tensão para quem atua no transporte rodoviário de cargas. Isso porque é o insumo mais consumido e também que apresenta maior oscilação nos valores nos postos em diferentes regiões do país. Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), na semana entre 19 e 25 de maio, o preço do diesel estava congelado devido à estabilidade do preço do barril do petróleo.
O preço médio do diesel nos postos caiu em média 0,3%. O diesel S10 com menor preço foi encontrado em Araguaina (TO), a R$ 5,29 o litro. O mais caro foi encontrado em São Paulo (SP), a R$ 8,49 o litro.