Qualidade dos remendos feitos no asfalto de BH é caso de polícia.

09 de Setembro de 2014 / 0 Comentários
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POR José Aparecido Ribeiro

 

 

Com dinheiro do PAC da Copa, BH recebeu asfalto novo em boa parte de suas ruas e avenidas, que há muito era esperado. A cidade ainda tem centenas de ruas importantes, com grande fluxo de veículos necessitando de recapeamento, sobretudo na periferia, mas deve-se reconhecer que muita coisa foi feita e que transitar ficou mais agradável. Porém, bastaram alguns meses para que os murundus e os remendos mal feitos voltassem a estragar tudo que estava bonito. A qualidade do serviço é algo absurdo e inaceitável que suscita ação urgente e severa por parte do MP, já que a nossa vereança encontra-se ocupada querendo subir um degrau na escala da política.

Metade dos vereadores são candidatos a Deputado Federal ou Estadual. Os que abdicaram da candidatura direta, por ficha suja ou desinteresse, defendem irmãos, parentes ou amigos no pleito. Ou seja, não podemos contar com a CMBH para defender os interesses da coletividade. Enquanto isso, empreiteiros irresponsáveis, desqualificados racham a cidade como tatus, sem nenhum compromisso com a qualidade e nem tampouco com padrão mínimo aceitável na hora de tampar os buracos que são abertos para manutenção ou implantação de canalização de gás ou cabos. Copasa, Gasmig e Cemig fingem de mortas e tudo segue como se nada estivesse acontecendo.

As empresas que estragam o asfalto da cidade deveriam ter compromisso com a qualidade solidariamente ao seus contratados, mas o que se vê é um total desleixo e nenhum padrão ao fecharem os buracos. A título de exemplo, seguem alguns endereços que revelam a meia boca do serviço prestado: Av. Olegário Maciel, em toda a sua extensão entre Av. Contorno e Praça Raul Soares. Av. Contorno esquina com Rua Grão Mogol. Rua Bernardo Guimarães, esquina com Rua Rio Grande do Sul. Rua Professor Antonio Aleixo entre Av. Olegário Maciel e Rua Espirito Santo. Vários trechos da Rua Califórnia no bairro Sion. Rua Irai, em toda a sua extensão. Por toda a cidade o desrespeito é explicito e ninguém é punido. Cadê a SUDECAP e seus fiscais? Cadê o MP e a Justiça? Por onde andam os homens que defendem a cidade? Será que o prefeito não anda pela cidade?

 

José Aparecido Ribeiro

Presidente do Conselho Empresarial de Política Urbana da ACMinas / Consultor em Assuntos Urbanos

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