Uma ponte inteira desabou no fim de 2024, deixando mais de 15 pessoas mortas e municípios praticamente isolados. A ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, na BR-226, liga os Estados de Tocantins e Maranhão por meio das cidades de Aguiarnópolis (TO) e Estr
Uma ponte inteira desabou no fim de 2024, deixando mais de 15 pessoas mortas e municípios praticamente isolados. A ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, na BR-226, liga os Estados de Tocantins e Maranhão por meio das cidades de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA) e passa sobre o Rio Tocantins. Jornais da região denunciam que as condições da ponte estavam degradantes, e várias denúncias já haviam sido feitas aos órgãos responsáveis.
A Polícia Rodoviária Federal informou que o colapso aconteceu por volta das 14h50 do dia 22 de dezembro. Imediatamente, servidores do Corpo de Bombeiros dos dois Estados iniciaram buscas no rio por pessoas desaparecidas.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) abriu uma sindicância para investigar as causas e a responsabilidade pelo acidente. A estrutura tem 533 m de extensão e cedeu no vão central.
A profundidade do rio na altura da ponte é acima de 50 m. Sem a ligação entre os dois Estados, a Polícia Rodoviária Federal tem orientado os motoristas que estiverem do lado do Tocantins a acessarem a estrada que liga Darcinópolis e Luzinópolis. Já quem chega pelo Maranhão deve acessar a BR-226 em Estreito até Porto Franco, seguindo até Imperatriz pela BR-010.
Uma força-tarefa foi montada para fazer buscas e resgates no Rio Tocantins. Segundo o Comando do 4º Distrito Naval da Marinha, uma equipe de mergulhadores trabalha para identificar e marcar os pontos importantes de exploração da área. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) acionou as empresas responsáveis pela manutenção da BR-226, que estão mobilizadas para atender as exigências da Marinha do Brasil na execução dos acessos e do atracadouro necessários para as operações com balsas. O objetivo é que as balsas façam o tráfego entre os dois Estados pelo rio, garantindo a passagem de carros de passeio, ambulâncias e caminhonetes.
As imagens que circulam na internet mostram um caminhão praticamente sendo engolido pela ponte no momento do desabamento. Ele foi identificado como um caminhão-tanque carregado com ácido sulfúrico e defensivos agrícolas, mas não estava sozinho. Outros dois caminhões semelhantes e com a mesma carga também caíram da ponte.
A água do rio está sendo monitorada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) em parceria com outros órgãos ambientais. Até o fechamento desta edição, os órgãos haviam confirmado a ausência de alteração significativa na qualidade da água.
As empresas responsáveis pelas cargas foram notificadas para retirar as substâncias submersas e auxiliar no monitoramento da água e de um possível vazamento. O Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logística de Minas Gerais (Setcemg) se solidarizou com as empresas de transporte que tiveram motoristas vitimados pela queda da ponte, além do prejuízo da carga e do bem. O Setcemg contesta que as empresas tenham a responsabilidade de remover os caminhões e as cargas.
O Ministério dos Transportes informou que a empresa responsável pelas obras de reconstrução já foi contratada em caráter emergencial, e o investimento previsto é de R$171 milhões. A previsão é que sejam concluídas em dezembro deste ano. (Com Agência Brasil)