Faltam espaços, sobram violências

Um absurdo sem fim. Algo que a gente até já imaginava que ia acontecer por conta da hostilidade diária que os caminhoneiros sofrem nas paradas… Mas violência física?? Pois foi isso que vimos - indignados - acontecer com o motorista Evander Maurílio Godinho, de 62 anos, quando ele parou no posto JR, na BR-101, em Mimoso do Sul, no Espírito Santo.

Com 35 anos de trabalho, Evander foi cumprir o que manda a legislação: parada obrigatória para descanso. Mas, ao contrário de uma noite tranquila, ele foi retirado do caminhão à força, chutado, agredido, machucado. Foi parar no hospital.

Você acompanha essa história revoltante nesta edição da Entrevias. Mas precisamos refletir aqui sobre a falta de espaços seguros e equipados para o cumprimento da lei. Caminhoneiros estão à mercê da insegurança nas estradas. Como se já não bastasse o risco de roubo e acidente, agora a violência praticada por pessoas que conhecem o cotidiano do motorista.

Enquanto o governo exige das empresas que cumpram a legislação, ele não faz o seu papel de instalar pontos de parada e descanso dignos. É uma reivindicação que precisamos fazer sem parar até que o país esteja coberto de locais apropriados e, principalmente, seguros. Boa leitura!