Parcerias para o setor de autopeças

Entidades assinam convênios que preveem cursos de qualificação profissional para trabalhadores do setor e fortalecimento de pequenas empresas

Formação / 31 de Março de 2014 / 0 Comentários

Reunião com o setor resultou em acordo de fortalecimento

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Entidades do setor de autopeças firmaram convênios recentemente visando ao fortalecimento do setor automotivo. Foram três parcerias: o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego Plano Brasil Maior (Pronatec-PBM), o Convênio Arranjo Produtivo Local de Ferramentaria do ABC Paulista e o Acordo de Cooperação Geral MDIC-Sebrae para o Projeto de Encadeamento Produtivo da Cadeia Automotiva.

No primeiro, a intenção é oferecer formação gratuita para trabalhadores. Inicialmente, estarão disponíveis 120 mil vagas em todo o país. Os cursos serão geridos pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) junto ao Ministério da Educação. O acordo foi firmado com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) e a Agência de Desenvolvimento Econômico do ABC.

Serão ofertados dois tipos de cursos no Pronatec-PBM, que seguirão a demanda das empresas. O primeiro modelo é o de Formação Inicial ou Continuada (FIC), com carga horária mínima de 160 horas e máximo de 600 horas. O segundo modelo consiste em cursos técnicos de longa duração, equivalentes ao ensino médio, subsequentes ou concomitantes a ele.

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, as vagas são destinadas a quem já está no mercado de trabalho e precisa se requalificar e para quem quer entrar no setor de autopeças, mas precisa da formação. O programa permitirá a formação de trabalhadores para ocupação de novas vagas ou a requalificação de trabalhadores em atividade. Todos os cursos serão gratuitos.

Para o Grande ABC, o acordo prevê consultorias para melhorias técnicas e de gestão no setor que fornece autopeças para as montadoras de veículos. Serão aplicados mais de R$ 1 milhão em recursos, com parceria vigente até 2016, envolvendo 25 indústrias de pequeno e médio portes. Serão realizadas consultorias para melhoria na gestão de processos, de produto, testes laboratoriais, normatização, entre outros.

EMPRESAS

Já com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o objetivo é ampliar o número de micro, pequenas e médias empresas no setor automotivo. Isso também será feito a partir de cursos de qualificação com orçamento previsto do próprio Sebrae.

Na primeira fase, o projeto terá a participação de nove montadoras instaladas em sete Estados: Fiat, em Betim; BMW, em Araquari (SC); Ford, em Camaçari (BA); GM, em Gravataí (RS); MAN e Nissan, em Resende (RJ); Peugeot/Citroën, em Porto Real (RJ); Renault, em São José dos Pinhais (PR); e Volkswagen, na Planta do ABC (SP).

Os convênios foram assinados pela secretária de Desenvolvimento da Produção do MDIC, Heloísa Menezes, pelo presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Mauro Borges, pelos presidentes do Sebrae, Luiz Barretto, da Anfavea, Luiz Moan, da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC, Rafael Marques, e do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), Paulo Butori.


CARTA DA ASSOCIAÇÃO DOS ENGENHEIROS DA PETROBRAS (AEPET)
“A Petrobras adotou nova política de preços dos combustíveis desde outubro de 2016. Desde então, foram praticados preços mais altos, que viabilizaram a importação por concorrentes. A estatal perdeu mercado, e a ociosidade de suas refinarias chegou a um quarto da capacidade instalada. A exportação de petróleo cru disparou, enquanto a importação de derivados bateu recordes.

A importação de diesel se multiplicou por 1,8 desde 2015, e a dos EUA, por 3,6. O diesel importado
dos EUA, que, em 2015, respondia por 41% d o total, em 2017 superou 80% da totalidade importada pelo Brasil. Ganharam os produtores norte-americanos, os “traders” multinacionais, os importadores e
os distribuidores de capital privado no Brasil. Perderam os consumidores brasileiros, a Petrobras, a União e os Estados federados com os impactos recessivos e na arrecadação. Batizamos essa política de ‘America fi rst!’, ou seja, ‘Os Estados Unidos primeiro!’.
Diante da greve dos caminhoneiros, assistimos, lemos e ouvimos, repetidamente na ‘grande mídia’, a falácia de que a mudança da política de preços da Petrobras ameaçaria sua capacidade empresarial. Esclarecemos à sociedade que modificações na política de preços, com a redução dos valores no mercado interno, têm o potencial de melhorar o desempenho corporativo ou de ser neutras caso a queda dos valores nas refinarias seja significativa, à medida que a Petrobras pode recuperar o mercado entregue aos concorrentes por meio da atual política de preços. Além da recuperação do mercado perdido, o tamanho dele tende a se expandir porque a demanda se aquece com preços mais baixos.
A atual direção da Petrobras divulgou que foram realizados ajustes na política de preços com o objetivo de recuperar o mercado, mas até aqui eles não foram efetivos. A própria companhia reconhece, em seus balanços trimestrais, o prejuízo na geração de caixa decorrente da política adotada.
Outra falácia repetida 24 horas por dia diz respeito à suposta “quebra da Petrobras” em consequência dos subsídios concedidos entre 2011 e 2014. A verdade é que a geração de caixa da companhia nesse período foi pujante, sempre superior a US$ 25 bilhões, e compatível com o desempenho empresarial histórico.
A Petrobras é uma empresa estatal e existe para contribuir com o desenvolvimento do país e para abastecer nosso mercado aos menores custos possíveis. A maioria da população quer que a Petrobras atue em favor de seus legítimos interesses, enquanto especuladores do mercado visam maximizar seus lucros de curto prazo. Nossa associação se solidariza com os consumidores brasileiros e afi rma que é perfeitamente compatível ter a Petrobras forte, a serviço do Brasil e com os preços ços dos combustíveis mais baixos e condizentes com a capacidade de compra dos brasileiros.”

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