A indesejada acne

Artigo / 16 de Julho de 2018 / 0 Comentários
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A acne é uma alteração da pele que provoca o surgimento de cravos, espinhas, cistos, caroços e cicatrizes, muito comuns na adolescência. As formas mais graves da acne são mais comuns no sexo masculino e mais persistentes no feminino devido, principalmente, à alta frequência dos distúrbios hormonais.

A acne se desenvolve quando os poros de nossa pele ficam obstruídos. Essa obstrução é causada pelo excesso de sebo, pelas células mortas e por bactérias nos folículos pilossebáceos. Nosso corpo produz mais sebo quando há o aumento da atividade hormonal. É por isso que a acne é mais frequente em adolescentes e em pessoas com distúrbios hormonais. Mulheres também podem ter acne no período da menstruação por conta da flutuação hormonal.

As áreas mais atingidas pela acne são o rosto, o pescoço, o busto, as costas e os ombros, nas quais a quantidade de glândulas sebáceas é maior. Todas as formas de acne podem ser controladas, e, em alguns casos, o problema se resolve espontaneamente. É muito importante buscar tratamento, independentemente da idade do paciente. Quando a acne se manifesta de forma intensa, pode prejudicar a qualidade de vida e a autoestima da pessoa.

O diagnóstico da acne acontece por meio de exame clínico feito pelo dermatologista, que irá analisar as lesões e avaliar o grau da acne: 1 (apenas cravos, sem lesões inflamatórias, espinhas ou cistos); 2 (cravos e espinhas pequenas – pequenas lesões inflamadas e pontos amarelos de pus); 3 (cravos, espinhas pequenas e cistos mais profundos e dolorosos, bem inflamados); 4 (cravos, espinhas pequenas e cistos, que se comunicam, causando inflamação mais grave e aspecto desfigurante). Esse tipo de acne também é conhecido como acne conglobata. Tem ainda o grau 5, em que ocorre o surgimento súbito da acne com lesões graves, como cistos dolorosos, que ulceram, deixando grandes cicatrizes, acompanhados de sintomas gerais, como febre, mal-estar e dor no corpo. É uma forma rara e mais comum no sexo masculino.

O tratamento pode ser tópico, com o uso de produtos domiciliares contendo renovadores celulares e antibióticos, e de loções adstringentes e esfoliantes leves. Além dos itens de uso tópico, há estratégias de tratamento domiciliar que podem ser utilizadas pelo dermatologista para obter resultados mais efetivos, como antibióticos orais (ajudam a “matar” as bactérias e a reduzir as inflamações), pílulas anticoncepcionais e outros medicamentos que regulam os hormônios, os quais podem ser úteis para as mulheres, inclusive na idade adulta.

A isotretinoína oral é adotada nas formas mais graves e resistentes ao tratamento ou nos pacientes muito afetados emocionalmente pela doença. Em todos os graus de acne, se faz imprescindível o entendimento de que não há benefício algum escoriar ou “cutucar” a acne; ao contrário, só acarreta complicações, como cicatrizes e manchas escuras (hipercromias pós-inflamatórias).

Algumas técnicas também ajudam no tratamento da acne, como a limpeza de pele, para a remoção de cravos, bem como a drenagem de pústulas. Os peelings químicos promovem a renovação da superfície da pele. Lasers e outras terapias, com luz, o laser de CO2 fracionado, luz intensa pulsada, laser frio e Spectra, tratam desde a fase inflamatória e aguda da acne até as sequelas deixadas por ela, como cicatrizes e manchas escuras.

Tratar a acne é muito importante para evitar marcas e cicatrizes no rosto e em outras regiões do corpo, além de melhorar a autoestima e a qualidade de vida do adolescente ou do adulto. O dermatologista é o profissional indicado para prescrever a terapia mais adequada a cada caso.

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