Boas práticas rotineiras

Ministério da Infraestrutura destaca as dez principais atitudes para garantir um trânsito mais seguro. País celebrou o Maio Amarelo com mobilizações virtuais em mais um ano de pandemia.

Segurança / 09 de Julho de 2021 / 0 Comentários
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Um convite à reflexão sobre respeito e responsabilidade no trânsito. Esse foi o foco da campanha Maio Amarelo deste ano, que discutiu o papel de cada um na construção e na manutenção de um ambiente menos violento. Para isso, além das mobilizações, o Ministério da Infraestrutura (Minfra) divulgou as dez melhores práticas a serem adotadas por toda a população.

As ações foram coordenadas pelo Departamento Nacional de Trânsito em parceria com os órgãos estaduais e as organizações da sociedade civil. O tema da campanha foi “No trânsito, sua responsabilidade salva vidas”.

A primeira boa prática listada – e que norteou a ação em 2021 – foi a direção defensiva. Ela ocorre quando o condutor está sempre preparado e atento para evitar acidentes. De acordo com o Minfra, as técnicas de condução são baseadas em cinco elementos: conhecimento, atenção, previsão, habilidade e ação.

A direção defensiva é dividida em preventiva e corretiva. Na primeira, os riscos são antecipados: o motorista dirige com atenção, considerando as suas condições físicas e mentais e a situação da via em que está. Já a corretiva acontece quando ocorre um acidente, por exemplo, e o condutor sinaliza a pista corretamente, aciona os órgãos competentes e presta os primeiros socorros.

A segunda boa prática relacionada pelo Minfra diz respeito à buzina. Buzinar, segundo a pasta, é um ato que deve ser praticado apenas quando for realmente necessário e com moderação. Isso implica ter mais paciência no trânsito e utilizar o dispositivo somente quando se precisar chamar a atenção de quem estiver próximo.

O terceiro ponto é a seta. O ministério lembrou que ela não é um item opcional no veículo, mas, sim, de uso obrigatório. Esse alerta parece óbvio, mas a não utilização do dispositivo causa acidentes diários, uma vez que ele serve como comunicação entre os condutores e permite que o motorista possa se programar para reduzir a velocidade ou frear a tempo.

O quarto item da lista de boas práticas é a velocidade. Respeitar os limites estabelecidos em cada via é fundamental, segundo o Minfra. “Dirigir em velocidade segura permite que o condutor tenha maior agilidade e segurança caso precise reagir a obstáculos”, destacou o órgão.

Perigo nas mãos

O uso do celular é um dos grandes problemas no trânsito, atualmente. Estudos apontam que alguns segundos de uso ao volante são tão perigosos quanto dirigir embriagado. O ideal, segundo o governo federal, é o motorista guardar o aparelho enquanto dirige. A prática inclusive é considerada uma infração gravíssima, conforme consta no Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

Manter uma distância segura entre os carros aparece em sexto lugar entre as boas práticas apontadas pelo Ministério da Infraestrutura. É uma atitude fundamental para prevenir acidentes e reduzir as consequências de uma distração.

Outro ponto importante é o uso do cinto de segurança. Um estudo da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego aponta que, quando utilizado no banco da frente, ele reduz em 45% as chances de lesões graves em acidentes. No banco de trás, a proteção é de até 75%. Outro equipamento obrigatório é o capacete no caso dos motociclistas. Luvas, botas e jaqueta também são importantes para evitar lesões em caso de acidentes.

A segurança dos pedestres é outro item que não poderia ficar fora dessa lista. O próprio CTB ressalta que o trânsito é composto por um conjunto de atores e fatores, e todos devem tomar medidas para proteger uns aos outros. Isso quer dizer que todo condutor é também um pedestre no trânsito. Ser educado, esperar as pessoas atravessarem a faixa e dar passagem para quem precisa são algumas ações que contribuem para uma convivência harmoniosa.

As duas últimas boas práticas apontadas pelo ministério são respeitar a sinalização e realizar manutenções periódicas nos veículos. No primeiro caso, trata-se de estar atento ao conjunto de sinais definidos pelo CTB para melhorar a fluidez das vias e aumentar a segurança de todos. Já no segundo, é imprescindível realizar inspeções regulares no veículo priorizando itens como para-brisa, pneus, sistema de freios e correia dentada.

Covid-19

Neste ano, devido à pandemia do novo coronavírus, as ações do Maio Amarelo foram realizadas sobretudo em ambiente virtual, ou seja, houve muita divulgação nas redes sociais e nas plataformas digitais. O secretário nacional de Transportes Terrestres do Ministério da Infraestrutura, Marcello Costa, afirmou que a campanha anual traz um chamado à responsabilidade compartilhada entre governos e sociedade para reduzir acidentes e mortes no trânsito.

“Só conseguiremos ter o sucesso que desejamos se tivermos uma divisão de responsabilidades, se a nossa sociedade e as entidades entenderem que cada um tem um papel fundamental na perseguição dessas metas e desses objetivos”, disse Costa. “Ainda temos números da ordem de 30 mil mortes por ano no trânsito no país, o que é muito acima do que seria aceitável, do que seria normal para uma sociedade evoluída como a nossa”, completou o secretário.

A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas definiu os anos de 2021 a 2030 como a Segunda Década de Ação pela Segurança no Trânsito, cuja meta é a redução de, pelo menos, 50% das lesões e mortes no mundo inteiro.

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