Carentes de ajuda

Pesquisa da Repom mostra que 85% dos caminhoneiros entrevistados gostariam de contar com uma assistência rápida nas rodovias em caso de acidente

Segurança / 27 de Novembro de 2021 / 0 Comentários
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Estradas melhores, fretes com valores justos, segurança para rodar e saúde em dia. Esse é o sonho antigo de todo caminhoneiro. Recentemente, porém, outro item foi adicionado a essa lista: assistência rápida nas rodovias. Uma pesquisa realizada pela Repom, marca da Edenred Brasil – especialista em soluções de gestão e pagamento de despesas para o transporte rodoviário de cargas –, mostrou que 85% dos transportadores gostariam de ter acesso a reboque, transporte alternativo, hospedagem e pernoite, bem como descontos em hotéis e restaurantes em caso de acidente.

Mais de 340 caminhoneiros clientes da empresa foram ouvidos nesse estudo, que constatou que a maioria dos profissionais gostaria de receber mais amparo. Entre as mulheres, o índice foi de 93% e, entre os homens, de 78%.

Segundo a diretora de Benefícios aos Caminhoneiros da Repom, Andrea Beatrix, os trabalhadores da estrada passam por situações de vulnerabilidade durante as longas viagens, como a idade avançada e a precariedade das frotas de caminhões que rodam pelo país. “É muito importante que estejamos atentos às necessidades desses motoristas durante a jornada de trabalho para que eles possam contar, além da infraestrutura, com serviços de assistência e de apoio a emergências independentemente da localização em que estiverem”, ressaltou Andrea.

O acesso facilitado a hospedagem e pernoite foi apontado principalmente pelas mulheres – 75% frente a 50% dos homens. “Percebemos que existe por parte das caminhoneiras uma maior preocupação em relação a um local de estada em caso de situação emergencial”, afirmou a diretora.

Sem atendimento

No ano passado, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais condenou a concessionária da BR-040, responsável pelo trecho entre Juiz de Fora, na Zona da Mata, e o Rio de Janeiro, a pagar uma multa a um motorista e dois passageiros acidentados na estrada. Os dois pneus do veículo em que eles estavam rasgaram devido a um buraco na rodovia.

A alegação foi de que a empresa não prestou a assistência devida, como a oferta de um transporte alternativo ou de um reboque. Na ação, as vítimas relataram que precisaram percorrer 4 km a pé até um posto policial para pedir ajuda.

O motorista foi indenizado em cerca de R$ 3.000, e os outros ocupantes do veículo receberam R$ 2.000 cada. O caso mostra que, mesmo com trechos importantes de rodovias do país sendo concedidos à iniciativa privada, ainda falta assistência aos usuários.

Na internet, há outros relatos de condutores que precisaram da assistência das concessionárias, mas não conseguiram. Já no caso das rodovias administradas pelo governo estadual ou federal, a assistência fica por conta do próprio motorista, que precisa acionar o seguro particular e arcar com as despesas.

 

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