Deficiências no transporte custam R$ 30 bi

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Estradas / 30 de Novembro de 2015 / 0 Comentários
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Estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) revela valor do desperdício na utilização de rodovias, ferrovias, portos e hidrovias brasileiras

Trabalho realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), nos últimos quatro anos, com a consultoria Macrologística, levantou os custos de transporte das empresas para usarem as atuais rodovias, ferrovias, portos e hidrovias brasileiras a fim de transportarem mercadorias: R$ 30 bilhões. O resultado é fruto do levantamento realizado em todo o país.

Após levantamento em quatro regiões, o trabalho relativo ao Sudeste foi divulgado em 26 de outubro e aponta que, para se assegurar o escoamento ágil e eficiente da produção, no mercado interno ou para exportação, a região precisa de R$ 63,2 bilhões de investimentos na malha de transportes. Esse é o valor necessário para se executarem, até 2020, 86 projetos prioritários, que irão modernizar e integrar o sistema logístico de​ Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Com base na movimentação projetada para o fim da década, uma vez concluídas, as obras propiciarão uma economia anual de até R$ 8,9 bilhões com o transporte de cargas para o setor produtivo.

Para se chegar aos projetos prioritários, foram analisadas 337 obras de ampliação e modernização de portos, aeroportos, ferrovias, rodovias, hidrovias e dutos. Executá-las por completo significaria investir R$ 219,1 bilhões até 2020, com a redução anual de R$ 13,4 bilhões em despesas com transporte. A fim de se otimizar a aplicação dos recursos, selecionou-se o conjunto de projetos que, com o menor custo, alcançará a maior economia. Assim, com 28,8% dos recursos (R$ 63,2 bilhões), chega-se a 66% da economia potencial (R$ 8,9 bilhões) projetada para 2020.​

CAMINHOS

“Os 86 projetos prioritários constituem oito grandes eixos logísticos, grandes rotas capazes de integrar o Sudeste com os Estados vizinhos e assegurar movimentação ágil e eficiente de insumos e mercadorias. A CNI considera urgente a realização das obras, sob o risco de agravamento de trechos já congestionados e a consequente elevação de custos para o setor produtivo. Metade dessas rotas estratégicas já existe e necessita de melhorias, como ampliação e modernização. As demais precisam ser planejadas e executadas com rapidez”, diz o estudo.

Segundo o trabalho, a ampliação e a melhoria da malha ferroviária são prioridade para aprimorar o sistema logístico da região. Até 2020, o modal exige R$ 30,7 bilhões em investimentos, ou 48,5% do total previsto pelo projeto, para ligar importantes centros produtivos no interior dos Estados a portos principalmente. Os terminais marítimos, por sua vez, respondem por 22 projetos urgentes, que precisam de R$ 16,6 bilhões em obras de construção, ampliação e melhoria para aumentar a competitividade do setor produtivo da região.

Sudeste Competitivo constata a necessidade urgente de acelerar o planejamento e a execução das obras de infraestrutura na região. Segundo o estudo, apenas 16 das 86 obras prioritárias estão em andamento. Outras 70 se encontram em fase de projeto, planejamento ou apenas nos planos do poder público.

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