Dentes limpos, boca saudável

Higienização adequada exige tempo para uma boa escovação e outros cuidados. Doenças mais comuns são evitadas com boas práticas.

Saúde / 14 de Março de 2018 / 0 Comentários
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Escovar os dentes no mínimo três vezes ao dia ou, de preferência, após cada refeição. A boca é reflexo da saúde de todo o organismo, e, por isso, cuidar dela e dos dentes é fundamental. Como tem contato direto com o meio ambiente, é também a porta para a entrada de bactérias e de micro-organismos que podem prejudicar a saúde. Mas uma boa higiene bucal não envolve apenas a escovação. O consumo de álcool e de cigarro e a má alimentação estão diretamente ligados às doenças da boca.

Além de limpar os dentes com uma escova de tamanho adequado, com cerdas macias e usando um creme dental com flúor, é importante lembrar de cuidar da língua e das gengivas. Usar um fio-dental todos os dias complementa uma boa higiene. O Ministério da Saúde destaca os problemas mais comuns que aparecem na boca e alerta para a prevenção. A cárie é a mais conhecida e é causada pela desintegração do dente. Está ligada diretamente à higiene inadequada e à ingestão de doces e de carboidratos em excesso. Pessoas em tratamento quimioterápico ou radioterápico têm mais propensão a ter cárie devido à diminuição da salivação. O mau hálito é outro problema que tem como causas a escovação inadequada e o uso de cigarro e de bebidas alcoólicas.

A gengivite é uma inflamação que aparece na gengiva causada por bactérias que colonizam na cavidade bucal. Elas se fixam, principalmente, nas regiões de difícil limpeza e dos dentes de trás. O tártaro é um dos reflexos da presença de bactérias. Ele é o endurecimento da placa bacteriana na superfície dos dentes.

Segundo o Ministério da Saúde, a hora da escovação é um momento importante para se observar a boca. É fundamental checar se há manchas, caroços, inchaços, placas esbranquiçadas ou avermelhadas e feridas na língua, na bochecha, nos lábios, no céu da boca, embaixo da língua e na garganta. Para quem faz uso de cigarro e álcool e tem mais de 40 anos, uma lesão na boca pode indicar um câncer. Nesse caso, é preciso buscar um profissional de saúde para fazer o exame preventivo. Quanto antes o câncer for diagnosticado, maiores serão as chances de cura.

Dicas de escovação

O primeiro passo para uma boa escovação é garantir os instrumentos adequados. Uma escova com cerdas macias e cabeça pequena é a mais indicada. O tamanho da cabeça permite que a escova chegue às áreas mais difíceis da boca facilmente. A escova deve ser substituída a cada três meses ou assim que apresentar sinais de desgaste. Cerdas danificadas podem prejudicar o esmalte do dente e a gengiva. Depois de uma doença, seja uma gripe ou uma virose, a escova também deve ser trocada. O creme dental deve conter flúor, mas o ideal é consultar um dentista para saber a necessidade de usar uma pasta mais específica, como para dentes sensíveis, branqueadora ou que remove manchas.

Especialistas alertam que a escovação deve tomar um tempo, ou seja, não pode ser feita com pressa. O ideal é que ela dure ao menos dois minutos, conforme recomenda a Associação Dental Americana. A dica é colocar um despertador ou um cronômetro para garantir esse tempo. E, para que esse seja gasto com qualidade, é preciso atenção na técnica. A indicação é fazer movimentos curtos, suaves, até a linha da gengiva e alcançando os dentes do fundo. Não se deve esquecer da língua.

A higiene noturna é a mais importante do dia, segundo especialistas. No entanto, é a mais esquecida, seja por preguiça ou por falta de tempo. A ação de bactérias e os restos de comida acabam acumulando na boca e formando as placas. À noite, como o corpo e, consequentemente, a boca entram em estado de relaxamento, há uma redução na produção de saliva. Isso faz com que a boca seja um local mais propício para a proliferação de bactérias. No horário antes de dormir, é fundamental investir tempo no uso do fio-dental e do enxaguante bucal.

Incidência

A Pesquisa Nacional de Saúde Bucal, feita em 2010, mostra que 44% das crianças brasileiras estão livres de cáries aos 12 anos. O Brasil consta do grupo de países com baixa incidência de cáries, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Nos adultos, a incidência no número de dentes perdidos por cárie teve redução de 45% nos últimos anos, e a quantidade de dentes tratados aumentou em 70%, segundo dados do ministério com base na pesquisa. 

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