É só sucesso!

Zezé di Camargo & Luciano, Falamansa e Marquinho & Danilo falam sobre carreira, música e relembram suas histórias em entrevistas exclusivas. Eles serão as atrações da Festa dos Cegonheiros 2014

Entrevista / 20 de Agosto de 2014 / 0 Comentários
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Sucesso na música sertaneja e no forró pé de serra. Duplas que não deixam ninguém parado e amam ver quando o público interage. Entre-Vias apresenta entrevistas exclusivas com as principais atrações da Festa dos Cegonheiros. Zezé di Camargo & Luciano contam sobre os planos, falam sobre os 23 anos de carreira e que não pretendem se aposentar por enquanto. “A música é a nossa vida, é o que nos move”, disse Luciano. Tato, do Falamansa, lembra-se de quando o forró pé de serra tomou conta do Brasil e se tornou uma febre na noite, contagiando todas as idades. São 16 anos de história. “O Falamansa está bem longe de ser uma banda de um só sucesso”, afirma. Já a dupla Marquinho & Danilo vai comemorar os 10 anos de carreira na festa. Marquinho é de Betim e Danilo, do Espírito Santo. E eles contam como se conheceram. “Tínhamos o costume de tocar violão e não demorou muito tempo para começarmos as apresentações oficiais”, relembra Danilo. Confira!

Zezé de Camargo e Luciano:

Entre-Vias: Quais são os planos de novos lançamentos, novas parcerias para este ano ou ano que vem?

Zezé: Temos um projeto de gravar um DVD, mas ainda nada confirmado.

Após 23 anos de carreira, pensam em se aposentar?

Luciano: Aposentar? Não tão cedo... O Zezé até brinca que vamos formar um quarteto... eu e ele e mais duas enfermeiras. A música é a nossa vida, é o que nos move.


E se um quiser parar e outro quiser continuar a carreira? Vocês se separariam e apenas um continuaria a cantar?

Luciano: Somos dupla até o fim desta vida.

O que o público de Betim pode esperar do show do dia 17 de agosto? Novidades?

Zezé: Este show de agora tem uma concepção nossa com os grandes produtores Fábio Lopes e Thiago, da HIt, em São Paulo. Ele está bem diferente, mais intimista e, ao mesmo tempo, high tech. O balé não faz parte desta turnê, tudo é muito virtual, no que diz respeito a cenário e coreografias. Tem um momento muito especial, em que o Zezé canta "Criação Divina" com a Paula Fernandes e ela aparece em 3D no telão. Tem gente no final do show perguntando para nós: "A Paula foi embora? Cadê ela?".

Declararam que o último CD de vocês tem uma pegada mais “Rihanna”. Por quê?

Luciano: O último CD tem uma pegada mais dançante, acho que é por isso que o público tem associado bem com a cantora. O CD está romântico e para cima.
 

Acham que essa pegada é modismo e precisam acompanhar a moda?

Luciano: É uma tendência.
 

Vocês já declararam que a imprensa divulgou notícias que prejudicaram suas famílias. O que vocês desejam destacar que foi divulgado erradamente e mais os incomodou?

Luciano: As fofocas incomodam. Eu não tenho nada a ressaltar. Todos sabem que vivo para minha família e meus filhos.

As desavenças que já tiveram prejudicaram a carreira de vocês? Continuam tendo divergências e acham que isso pode ser motivo para a separação algum dia?

Zezé: Todos os irmãos brigam. Brigamos, nos entendemos e estamos aqui, juntos. Para sempre.

Qual o maior ídolo de vocês?

Zezé: Seu Francisco Camargo
Luciano: Zezé di Camargo

Luciano, em 2011, você chegou a anunciar durante um show que a dupla iria acabar, passou mal e foi para o hospital. O que de fato aconteceu?

Luciano: O que todos já sabem. Na época eu fazia uso de remédios para emagrecer e misturei com bebida alcoólica. Daí para frente todo mundo já conhece a história.

E hoje tem algum problema de saúde por causa disso? Já foi parar no hospital por causa disso?

Luciano: Não. Eu emagreci atualmente com ajuda de um personal trainer e com muay thai, que é uma arte marcial.

MARQUINHO & DANILO:

Entre-Vias: Quando vocês começaram a carreira?

Danilo: Em 9 de julho de 2004. No mês passado fizemos 10 anos juntos.

Como começaram? Como se conheceram?

Danilo: Nós nos conhecemos em uma festa, onde eu morava. Lá tínhamos o costume de tocar violão, e o Marquinho, com sua irreverência, logo se destacou, com brincadeiras e repertório também. Daí não demorou muito tempo para começarmos as apresentações oficiais.
 

Falem sobre vocês.

Danilo: Bom, eu sou formado em odontologia, e o Marquinho tem formação em economia.

É uma dupla genuinamente betinense?

Marquinho: Nasci em Betim e sempre vivi aqui. Já o Danilo veio do Espírito Santo, e sempre foi meio nômade, morou no Rio de Janeiro e em João Pessoa, mas vive em Betim há 12 anos.

Como é o estilo da dupla?

Marquinho: A dupla sempre foi marcada pela irreverência e pela alegria no palco, com um repertório sempre muito animado.
 

Como se sentem em se apresentar na Festa dos Cegonheiros?

Marquinho: Estamos muito motivados e honrados. Muito importante participar de uma festa desse tamanho, com tantos artistas importantes e repercussão incrível.
 

Já se apresentaram na festa antes?

Danilo: No ano passado, tivemos a oportunidade de nos apresentar, foi um convite muito esperado. A festa foi um sucesso!

Vocês têm músicas próprias?

Marquinho: Temos algumas músicas próprias, mas estamos esperando um momento melhor para gravar, provavelmente neste ano.

Quem são os maiores ídolos de vocês?

Danilo: Na música sertaneja, acompanhamos a dupla Zezé di Camargo & Luciano, que tem uma história incrível e vem se apresentando pelo segundo ano consecutivo na Festa dos Cegonheiros. Gostamos muito de Jorge & Mateus também.

São solteiros?

Marquinho: Sim, hoje estamos solteiros.

E como é o assédio das mulheres?

Danilo: Toda forma de reconhecimento do trabalho é muito bom e é um combustível a mais para nos motivar, melhor ainda quando vem na forma de carinho e admiração.
 

Vivem da música?

Danilo: Bom, hoje não vivemos apenas de música, tocamos ainda nossas profissões, com um sonho de conseguir viver de música um dia.

Moram em Betim?

Danilo: Sim, moramos em Betim.

O que o público vai conferir no show de vocês na Festa dos Cegonheiros?

Danilo: Vai conferir um Marquinho & Danilo com um repertório muito animado e muito arrocha.


FALAMANSA

Entre-Vias: Qual o novo CD de vocês?

Tato: O novo disco chama-se "Amigo Velho" e tem 13 faixas inéditas, todas autorais.

A Falamansa fez o estilo forró pé de serra bombar no Brasil. Como foi isso?

Tato: Entendo que a Falamansa não fez isso sozinha. Foi, sim, um movimento cultural jovem do qual a Falamansa também fez parte. Todos que dançavam, promoviam os eventos, tocavam forró, fizeram parte desse movimento. A Falamansa foi apenas a ponta da flecha para furar o bloqueio do preconceito que, até então, existia em relação ao forró.

O sucesso “Rindo à Toa” foi estrondoso e até hoje repercute. Vocês tem medo que não consigam superá-lo com outro sucesso?

Tato: Temos “Xote dos Milagres”, “Rindo à Toa”, “Xote da Alegria”, “Asas”, “Cem Anos”, “Solução (Deixa entrar)”, Chuva, entre outras. A Falamansa está bem longe de ser uma banda de um só sucesso. A música autoral é a maior característica da banda e nunca perdemos isso. Uma sempre vai sobressair, mas, no nosso caso, o que importa é a intenção das músicas, de fazer o bem e passá-lo adiante.

O que o público de Betim vai conferir no show do dia 17 de agosto?

Tato: A nossa história de 16 anos sintetizada num show bem animado, e aliado aos novos sucessos do novo disco “Amigo Velho”. Nova produção de cenário e figurinos também faz parte deste show.

Como avaliam o forró pé de serra hoje?

Tato: O forró pé de serra sempre estará presente no cenário, seja discretamente seja no time de frente da cultura nacional. Isso acontece porque o forró é parte da nossa cultura e vive passeando pela nossa história.

Conseguiram fazer sucesso com um disco independente, sem gravadora? Como foi isso?

Tato: Acredito que o sucesso vem de músicas boas. Com boa intenção e honestidade. Assim, mesmo sem uma gravadora, conseguimos despertar interesse no público. Cada vez mais, o acesso fica mais fácil, por causa da internet. Você só precisa ter um bom produto.

Quais as maiores dificuldades enfrentaram ou enfrentam ainda?​

Tato: Acredito que a maior dificuldade é manter-se diante das variantes do cenário musical. O Brasil tem muitos estilos e se manter com um segmento que não é tão presente no cotidiano do povo é bem difícil.

Tiveram mais incentivo do que preconceito? Como foi o início da banda?

Tato: Acredito que tivemos, sim, mais incentivo. Entendo que a banda, por ter músicas próprias, criou sua identidade muito cedo e, por isso, foi muito bem aceita em todos os setores. Nada melhor do que um bom produto para vencer qualquer preconceito.

Há um estúdio na sua casa, é lá onde costumam ensaiar?

Tato: Ensaiamos e gravamos lá. É bem mais produtivo e prazeroso também.

Foi em um festival de música na faculdade Mackenzie que tudo começou. Antes de serem famosos o que faziam?

Tato: Eu cursava publicidade, o Dezinho, fotografia, o Alemão, educação física, e o Valdir já era sanfoneiro.

O disco pirata de vocês saiu antes do disco original? Como foi isso?

Tato: Gravaram um show nosso e começaram a vender. Eram quatro volumes e venderam muito!

A pirataria atrapalhou e atrapalha a Falamansa até hoje?

Tato: Claro que atrapalha e atrapalhou. Quem diz o contrário é burro! Aí alguém pode dizer: "Mas divulgou!". Divulgou porque é um bom produto, senão ninguém compraria. Nosso disco original vendeu 2 milhões de cópias e estima-se que o pirata tenha vendido mais de 6 milhões! Imagina se todos fossem originais. Atrairia a atenção do mundo todo. Poucos artistas no mundo vendem isso! A pirataria atrapalha o Brasil no cenário mundial. Não competimos com os gringos porque nossas vendagens não são expressivas.

Vocês procuram sempre passar mensagens positivas nas músicas, sobre amizade, amor e felicidade. Por quê? Esse é o lema da banda? Tem a ver com o tumor no cérebro que o Tato já teve?

Tato: Tem a ver com fazer o bem! Desde o começo foi assim! Essa é a principal característica da banda, mesmo antes do tumor. Alegria diante de situações difíceis sempre foi nosso lema! E é o que as pessoas esperam de nossa música.

Você faz muito sucesso como vocalista, pensa em seguir carreira solo?

Tato: São 16 anos de carreira e nunca me passou pela cabeça mudar nada. Tenho projetos paralelos que espero executar no futuro, mas nada a ver com a banda. A Falamansa não é um cantor, mas, sim, um grupo, e só funciona assim. O ideal de coletividade e igualdade faz com que a música seja mais verdadeira. Essa é e sempre será a Falamansa.​

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