Gesto que salva vidas

Dia Internacional da Hemofilia chama a atenção para a importância da doação de sangue

Saúde / 14 de Julho de 2022 / 0 Comentários
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Um distúrbio genético e hereditário que afeta quase exclusivamente os homens. A hemofilia é uma doença que compromete a coagulação do sangue, e, por isso, é importante que o diagnóstico seja feito o quanto antes para que se possa dar início ao tratamento precocemente. Em abril último, foi celebrado o Dia Internacional da Hemofilia e dado o alerta para que homens fiquem atentos aos sintomas, bem como os pais, já que a manifestação dos sinais da enfermidade é mais comum na infância.

Com a redução dos casos de Covid-19 no país, os hemocentros têm convocado a população a ajudar no abastecimento dos bancos de sangue, fundamentais no tratamento dos hemofílicos. É do sangue doado que se retira o plasma para a produção dos fatores de coagulação. Depois, o material é distribuído em doses injetáveis. Uma bolsa de sangue pode beneficiar até quatro pessoas. Além do tratamento intravenoso, os pacientes precisam de medicamentos para ter uma vida normal.

Segundo informações do Ministério da Saúde, as pessoas com hemofilia não possuem as proteínas responsáveis pela coagulação do sangue. Quando ocorre um corte, por exemplo, são as proteínas que entram em ação para estancar naturalmente o sangramento. Sem elas, a perda de sangue é maior e repetitiva.

Em um quadro de hemofilia, acontecem hemorragias espontâneas intramusculares e intra-articulares no corpo, desgastando as cartilagens e, depois, provocando lesões ósseas. Entre os principais sintomas estão dores fortes, aumento da temperatura e restrição do movimento em regiões como joelhos, tornozelos e cotovelos.

Existem dois tipos de hemofilia: A e B. O primeiro decorre da falta do fator VIII da coagulação e acomete um a cada 10 mil homens nascidos vivos. Já o tipo B é causado pela falta do fator IX e afeta um a cada 50 mil homens nascidos vivos.

 

Características

De acordo com o Ministério da Saúde, a hemofilia é considerada rara e ainda não tem cura, mas pode ser tratada por meio da reposição do fator de coagulação deficiente. Atualmente, o Brasil tem a quarta maior população de hemofílicos no mundo. Aqui, o tratamento é inteiramente oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Além dos medicamentos necessários, o SUS possui uma rede com 32 hemocentros em todas as regiões do país e uma base nacional para o cadastro de novos pacientes.

Em 2019, um novo medicamento, chamado emicizumabe, foi inserido no sistema e ofertado gratuitamente aos pacientes. Com ele, foram ampliadas as opções de tratamento que proporcionam mais qualidade de vida.

A hemofilia é uma doença que deve ser diagnosticada ainda na infância. Os pais precisam prestar atenção a sinais como sangramentos frequentes e desproporcionais ao tamanho do trauma e manchas roxas na pele.

Um alerta feito pelo Ministério da Saúde é que a hemofilia não é uma doença transmitida, ou seja, não há risco de uma pessoa passar para outra. Ela é uma patologia genética, passada para o bebê quando ele é concebido. (Com a Agência Brasil)

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