Guia do trânsito

História da sinalização rodoviária é resgatada pela CNT no informe "Transporte em Foco". Curiosidades e importância dos dispositivos empregados nas vias são os destaques da edição.

Estradas / 22 de Dezembro de 2021 / 0 Comentários
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Ela cumpre um papel importantíssimo: informar, alertar e organizar. Fundamental para a fluidez e a segurança do trânsito, a sinalização rodoviária foi o tema escolhido para protagonizar a edição de outubro do informe "Transporte em Foco", da Confederação Nacional do Transporte (CNT). A publicação resgata a história das placas e pinturas no Brasil e no mundo e destaca a relevância delas para a disciplina do tráfego de veículos e pedestres.

Acredita-se que o hábito de sinalizar as vias tenha tido início no século II, com os romanos, que marcavam nas estradas a distância entre as cidades mais importantes da época. Já no século XVII, a movimentação intensa de coches (veículos de tração animal), seges (carruagens altas de duas rodas) e liteiras (cadeiras portáteis suportadas por duas varas e carregadas por pessoas ou animais) em Lisboa, a capital portuguesa, obrigou o rei Filipe III a proibir alguns meios de transporte para amenizar o caos no trânsito. Contudo, a necessidade de regular de fato o tráfego de maneira mais intensa surgiu apenas entre o fim do século XIX e o início do século XX, com a invenção do automóvel e o crescimento da indústria automobilística na Europa.

“Os primeiros registros históricos sobre a sinalização moderna surgiram em 1895, ano em que o Touring Club da Itália instalou vários sinais de trânsito naquele país, indicando situações de perigo por meio de setas”, relembra o informe da CNT, referindo-se a uma associação sem fins lucrativos voltada para a promoção do turismo e a difusão do conhecimento e de uma cultura de viagem consciente e responsável.

Avançando no tempo, após o fim da Primeira Guerra Mundial, a Sociedade das Nações – uma organização internacional criada para assegurar a paz –, atentou-se para a questão da padronização dos sinais de trânsito, criando um Comitê Especial para o Tráfego. Essa medida, conforme destacado pela publicação, foi importante para conter o crescimento desenfreado de placas incompreensíveis aos estrangeiros em um ambiente já familiarizado com o automóvel.

“Diversas conferências e convenções internacionais foram realizadas até a utilização dos sistemas de sinalização atuais. As modificações propostas por esses eventos foram sendo incorporadas à legislação brasileira, que evoluiu até a publicação do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), em 1997, e dos Manuais Brasileiros de Sinalização de Trânsito, a partir de 2007. No início do século XXI, o sistema de sinalização nacional já se encontrava praticamente consolidado. No entanto, até hoje ele passa por constantes revisões sob a responsabilidade do Conselho Nacional de Trânsito”, ressalta a CNT.

 

Aprimoramento

A entidade também destaca a evolução constante da sinalização de trânsito, que, desde a sua criação, vem sendo submetida a adaptações de cores e formas, e, atualmente, envolve uma série de códigos universalmente reconhecidos.

Entre os dispositivos de comunicação empregados no mundo todo estão os painéis de mensagens variáveis, que informam os condutores em tempo real sobre acidentes, rotas alternativas, congestionamentos e condições climáticas, por exemplo. Outro equipamento mundialmente utilizado são os semáforos. O primeiro modelo, movido a gás, surgiu na Inglaterra, e funcionava somente por meio de manipulação humana. Mas, depois de uma explosão acidental, ele acabou saindo de cena. Em contrapartida, hoje, existem modelos geridos por computadores conectados a câmeras e sensores que funcionam conforme o fluxo do trânsito, levando em consideração a hora do dia. Não por acaso, eles são chamados de semáforos inteligentes.

“Além de contribuir para evitar acidentes e para a organização da mobilidade nas cidades e nas rodovias, a sinalização, bem como o respeito a ela, garante um trânsito mais organizado, fluido e seguro para condutores, ciclistas e pedestres”, conclui a CNT.

O material completo sobre a história dos dispositivos de trânsito pode ser conferido no informe "Transporte em Foco", disponível no site da confederação (cnt.org.br). (Com a Agência CNT Transporte Atual)


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