Neblina na pista

Época é de formação de nuvens bem próximas ao solo, exigindo cuidado redobrado dos motoristas que trafegam, sobretudo, pelas regiões Sul e Sudeste do Brasil

Estradas / 18 de Julho de 2022 / 0 Comentários
A- A A+

Quem trafega pelas rodovias do país nesta época do ano, especialmente nas regiões Sul e Sudeste, se depara com trechos com muita neblina. O fenômeno é bonito de se ver, mas reduz consideravelmente a visibilidade do motorista e demanda muito cuidado.

A neblina é um fenômeno que está ligado à umidade do ar e às baixas temperaturas. Ou seja, trata-se da formação de nuvens perto do solo. Segundo informações do portal Mundo Educação, ela é causada pela condensação da umidade presente no ar em forma de vapor. A neblina prejudica a visão horizontal em um espaço de até mil metros. Já a névoa, que também ocorre nas estradas, é mais fraca, mas atrapalha a visibilidade por uma distância maior.

Os períodos da madrugada e do início da manhã são os mais propícios à formação de neblina. Isso porque as temperaturas são mais baixas, e a água que evapora se condensa, formando a fumaça. Outro fator importante é que ela acontece mais em áreas de serras e montanhas, mas também pode ocorrer nas proximidades de lagos, rios e lagoas, segundo informações do portal.

O problema é que qualquer fator que restringe a visão nas rodovias aumenta o risco de acidentes. Além de reduzir a velocidade, é importante que o veículo esteja com a iluminação obrigatória em dia.

 

Regras

Desde 2016, acender os faróis era obrigatório nas estradas, independentemente do horário. No entanto, desde 2021, mudanças no Código de Trânsito Brasileiro limitaram a obrigatoriedade às rodovias não duplicadas ou às condições climáticas não favoráveis, como neblina, chuva e cerração.

É importante lembrar que quem desobedece à norma comete uma infração média, que resulta em quatro pontos na carteira e em uma multa de pouco mais de R$ 130. Em um cenário de neblina, a preferência deve ser pelo farol auxiliar próprio caso o caminhão tenha esse equipamento.

O farol alto não é indicado porque não é eficiente para aumentar a visibilidade. Pelo contrário, ele pode até prejudicar a visão de outros motoristas e causar acidentes. Esse tipo de iluminação não consegue atravessar a barreira da fumaça, formando apenas um clarão. Os outros faróis – baixo ou de neblina – conseguem alcançar o solo e iluminar o caminho que o motorista vai percorrer.

Além da iluminação, o Sindicato dos Centros de Formação de Condutores do Estado do Rio Grande do Sul (SindiCFC) orienta os motoristas a diminuírem a velocidade e também a aumentarem a distância em relação ao veículo que está à frente.

Nessa situação, o motorista deve se guiar pelas faixas da pista e nunca fazer ultrapassagens em trechos com neblina. Outras orientações são jamais parar no acostamento, e sempre preferir um local seguro, como um posto de combustíveis. Vale lembrar que todos os motoristas ao redor também estão tendo dificuldade para enxergar a estrada. Por isso, praticar a direção defensiva é fundamental.

Usar o pisca-alerta – assim como o farol alto – não é recomendado. O sinal pode confundir os outros condutores. Segundo o SindiCFC, também é importante adotar medidas de segurança dentro do veículo, como ligar o sistema de ventilação, usar os limpadores de para-brisa e abrir os vidros quando possível.

Como será o inverno

O inverno no Brasil começa em 21 de junho e segue até 22 de setembro. A estação, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), será marcada por períodos chuvosos no Norte, no leste do Nordeste e em parte do Sul do país.

Outra característica será a incursão de massas de ar frio que vão provocar quedas acentuadas de temperatura, resultando na formação de geadas no Sul, no Sudeste e no Mato Grosso do Sul; neve nas áreas serranas e planaltos da região Sul; e episódios de friagem nos Estados do Mato Grosso, Rondônia, Acre e no sul do Amazonas.

Segundo o Inmet, as inversões térmicas no período da manhã vão proporcionar muitos episódios de nevoeiros e neblinas úmidas nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, com impacto direto na visibilidade, principalmente nas estradas e nos aeroportos.

Outro fator característico desta época, conforme o instituto, é a redução das chuvas em grande parte do país, e, consequentemente, a diminuição da umidade relativa do ar. O cenário é de possibilidades de queimadas e incêndios florestais, que também prejudicam a visibilidade e o tráfego nas estradas brasileiras. (Com a Agência Brasil)

AVISO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião de Revista Entrevias. É vedada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. Revista Entrevias poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema da matéria comentada.