Pelo fim da pólio agora

Rotary reforça campanha do Ministério da Saúde e convoca famílias a levarem suas crianças para se vacinarem contra a poliomielite

Solidariedade / 28 de Outubro de 2022 / 0 Comentários
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A queda na cobertura vacinal no Brasil contra a poliomielite tem sido uma preocupação para as autoridades sanitárias mundiais. A vacinação mantém as crianças brasileiras longe da doença há mais de 30 anos. No entanto, até início do mês de outubro, pouco mais da metade do público-alvo havia sido vacinado no país. A situação mobilizou e intensificou as ações do Rotary, instituição presente no mundo inteiro e que tem na erradicação da pólio um dos seus principais propósitos.

Junto com a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, o Rotary Internacional está convocando todos os seus clubes para fazerem dias especiais de chamamento à população.

Em agosto, o curador do ano 2021/2023 da Fundação Rotária, Marcelo Haick, escreveu um artigo informando que havia recebido uma mensagem de Mike McGovern, presidente da Comissão Internacional Polio Plus, do Rotary, relatando um caso de paralisia infantil em um indivíduo não vacinado em Rockland, nos Estados Unidos.

Na data, segundo ele, houve uma reunião da Comissão Regional para a Certificação da Erradicação da Poliomielite nas Américas pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). No entanto, nessa reunião o Brasil foi classificado como de muito alto risco para a ocorrência da doença.

Os clubes e distritos do Rotary no Brasil começaram então a se mobilizar para apoiar a Campanha Nacional de Vacinação contra a Pólio e realizar dias D de vacinação, intensificando a campanha do próprio Rotary “End Polio Now”. A indicação de Marcelo Haick foi para que os clubes e os distritos atuassem junto aos órgãos públicos de saúde em cada município e ajudassem a elevar a cobertura vacinal para 95% em cada localidade.

Doses

“Desde que o Brasil, em 2012, iniciou a vacinação com as três primeiras doses, não se viu mais nenhum caso de pólio vacinal. Antes disso, a incidência era de um caso a cada 2,450 milhões de doses aplicadas”, explicou Isabela Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

No Brasil, todos os bebês devem receber a vacina inativada contra a pólio (VIP) aos 2 meses, 4 meses e 6 meses de idade. Ela é aplicada de forma injetável desde 2012 e trouxe mais segurança à imunização porque o conteúdo da vacina é o vírus inativado.

Depois dessas três doses, as crianças devem receber as famosas gotinhas da vacina oral contra a poliomielite (VOP) aos 15 meses e aos 4 anos de idade, como reforço na imunização.

A vacinação em massa e ocorrida há vários anos foi fundamental para a erradicação da doença em continentes inteiros. No entanto, a queda na cobertura tem sido motivo de preocupação das autoridades.

 

No mundo

No fim de setembro, a presidente do Rotary International, Jennifer Jones, reforçou o compromisso do Rotary com a erradicação da pólio e anunciou a doação de US$ 150 milhões para a finalidade. Para ela, há um estado de emergência que exige o combate ao vírus nos Estados Unidos e no mundo.

Em outubro, foi realizado o “Dia Mundial de Combate à Pólio de 2022 e além: um futuro mais saudável para mães e filhos”. O evento virtual e presencial em Genebra, na Suíça, destaca o potencial de soluções comunitárias.

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