R$1,6 bi para 
as rodovias

Ministério dos Transportes destina R$1,6 bilhão à malha rodoviária de Minas; no Mato Grosso, retomada da duplicação da BR-153 vira ‘sonho realizado’

Estradas / 30 de Agosto de 2023 / 0 Comentários

Até o fim deste ano, Minas Gerais vai receber investimentos da ordem de R$1,6 bilhão do governo federal, por meio do Ministério dos Transportes, para melhorar a situação das principais rodovias do país que cortam o Estado, detentor da maior malha rodoviá

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Até o fim deste ano, Minas Gerais vai receber investimentos da ordem de R$1,6 bilhão do governo federal, por meio do Ministério dos Transportes, para melhorar a situação das principais rodovias do país que cortam o Estado, detentor da maior malha rodoviária entre as unidades federativas. O recurso será destinado a uma série de obras estruturantes de manutenção, ampliação e adequação, conforme anunciado em junho último. 

De acordo com a União, o montante é seis vezes superior ao que foi aplicado pela administração anterior (R$262,4 milhões). A dilatação do orçamento já possibilitou a assinatura da ordem de serviço para o início das obras remanescentes de implantação de pavimentação de 10 km de trechos descontínuos da BR-265 entre Jacuí e Alpinópolis, no Sul mineiro, segundo o Ministério dos Transportes. As intervenções estão orçadas em R$ 70 milhões. 

“Esperamos levar muitas melhorias à malha rodoviária de Minas Gerais neste ano e no próximo, de modo a recuperar os desgastes que essas estradas sofreram nos últimos anos pela falta de investimentos”, destacou o ministro dos Transportes, Renan Filho, durante a assinatura da ordem de serviço.

O repasse anunciado pelo Executivo nacional também prevê, por exemplo, a duplicação de 37,5 km da BR-381 entre Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, e Belo Horizonte - trecho conhecido como “rodovia da morte”; a pavimentação de 61,6 km da BR-367 em Salto da Divisa e Almenara, no Vale do Jequitinhonha; a construção da BR-135 entre Manga e Itacarambi, no Norte; obras remanescentes da BR-365 em Uberlândia, no Triângulo; a adequação da travessia da BR-440 em Juiz de Fora, na Zona da Mata; a substituição de duas pontes da BR-265; e a pavimentação de 12,6 km remanescentes da BR-364 em Gurinhatã, também no Triângulo.

“Por ser um Estado que se encontra no centro do país, atender à malha rodoviária de Minas Gerais é atender ao Brasil como um todo. Fico muito contente e otimista ao ver os esforços que estão sendo feitos aqui para sanar os principais problemas desse Estado tão importante para o nosso país”, afirmou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que esteve presente na assinatura da ordem de serviço da retomada da pavimentação da BR-265.

Além dos recursos do orçamento público, Minas vai receber reforços importantes por meio de aportes de entes privados. Estão previstos ainda para este ano os lançamentos de três editais de licitação: da BR-040/495/MG/RJ, também chamada de Rio-BH; da BR-381, entre a capital mineira e Governador Valadares; e da BR-040/MG/GO, conhecida como Rota dos Cristais. 

Centro-Oeste
Fora de Minas, outra retomada de obra cuja ordem de serviço também foi assinada em julho é a da duplicação de 86 km da BR-153, entre Diamantino e Nova Mutum, no Mato Grosso. Segundo o presidente da Concessionária Nova Rota do Oeste, Luciano Uchoa, a intervenção é um sonho antigo, aguardado há sete anos. “Agora, com esse passo dado, vamos direcionar nossos esforços para atender o pedido do governador pra reduzir o prazo total de obras, previsto em contrato”, assegurou o dirigente. 

Conforme informado pelo governo mato-grossense, na primeira frente de duplicação, a partir de Diamantino, serão investidos cerca de R$ 618 milhões. O valor faz parte dos R$ 1,6 bilhão aportados pelo Executivo estadual, por meio da MT Par (uma sociedade de economia mista criada pela administração pública), quando ocorreu a troca de controle acionário, em maio deste ano. 

A retomada da duplicação faz parte dos compromissos existentes no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e a concessionária, tornando possível que a MT Par assumisse a Nova Rota do Oeste.

A previsão é que a obra seja concluída em dois anos. Os serviços terão início às margens da pista sentido norte, no KM 507, na região conhecida como Posto Gil, avançando até o KM 593,6, em Nova Mutum. No primeiro ano de obras, devem ser concluídos 36 km de pista nova, acostamento, canteiro central, sinalização horizontal e vertical, além da recuperação da via antiga. Nesse mesmo período, deve ser concluído um retorno em desnível.

Já no segundo ano das intervenções, está previstas a conclusão dos serviços até Nova Mutum, a construção de duas pontes (uma sobre o rio Arino e outra sobre um afluente) e mais dois diamantes (obra de arte relacionada a contornos e retornos) nos KMs 572 e 592.

O governo do Estado ressalta que a retomada da duplicação se reflete na economia do Mato Grosso, uma vez que movimentará o mercado de trabalho e o valor do frete rodoviário. Durante as obras, serão empregadas cerca de 530 pessoas e utilizadas mais de 220 máquinas.

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