Vitamina D: uma visão hormonal

Artigo / 02 de Novembro de 2016 / 0 Comentários
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Existe um erro conceitual ao se classificar o composto “vitamina D” como uma vitamina. Na verdade, trata-se de um hormônio fundamental para as mais diversas funções do metabolismo do corpo humano. Diferentemente de qualquer outra, a vitamina D é produzida pela pele quando a luz solar ativa uma molécula de pré-colesterol. Uma vez produzida, o fígado a transforma em sua forma de armazenamento (25-hidroxi vitamina D3), e o corpo guarda essa substância no sangue e na gordura para ser utilizada quando necessário.

A deficiência de vitamina D é uma pandemia. A maioria da população evita a exposição excessiva ao sol em uma tentativa de reduzir a incidência do câncer de pele, além de fazer o uso diário de fotoprotetor. Pesquisadores constataram que tomar sol usando protetor solar fator 8 (FPS8) bloqueia a produção de vitamina D em mais de 95%. Devido ao estilo de vida atual, as pessoas não recebe a quantidade de raios solares suficiente para a absorção de vitamina D, gerando sua insuficiência.

A vitamina D está ligada à saúde óssea e do coração, à função muscular, à imunidade, ao menor risco de diabetes e de determinadas doenças autoimunes, bem como de certos tipos de câncer. Além disso, ela promove uma série de benefícios à saúde. Só existem duas substâncias que possuem receptores em TODAS as células do corpo humano: o hormônio da tireoide T3 e a vitamina D. Por esse dado, já se percebe a importância vital dessa vitamina.

Você sabe em quanto está sua vitamina D? Existe um exame indireto realizado no sangue que pode ser solicitado por seu médico. Ao se calcular a dose para a reposição de vitamina D, devem-se levar em conta alguns fatores, entre eles: concentração sanguínea de 25-hidroxi vitamina D3, grau de exposição solar do paciente, região onde se encontra (quente ou fria), idade, declínio cognitivo, existência de demência senil, histórico de câncer, resistência insulínica, diabetes tipo 2, marcadores inflamatórios, presença de asma severa, osteoporose e baixa resposta imunológica.

Cabe ao médico definir a dose adequada de reposição de vitamina D para cada paciente. Hoje, já existem protocolos que otimizam a absorção dessa substância pelo organismo, como as injeções semestrais em altas doses. Lembrando que a vitamina D será melhor absorvida pela corrente sanguínea através de injeções musculares (doses de ataque) e de gotas sublinguais (doses de manutenção).

Níveis adequados do hormônio D exercem efeitos protetores contra diversas doenças crônicas, como depressão, obesidade, diabetes tipo 2, síndrome metabólica, câncer, depressão, além de neuroproteção. Fazem-se necessários o diagnóstico precoce de deficiência de vitamina D e seu correto tratamento como forte arma para diminuir o risco de doenças em grande parte da população. Dessa forma, a vitamina D se torna a molécula do século nos quesitos prevenção e longevidade.

 

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