Destino da criminalidade
Região Sudeste segue na liderança dos roubos de cargas do país no primeiro trimestre de 2025

Roubos de cargas causam prejuízos bilionários ao setor todos os anos
As ocorrências de roubos de cargas na região Sudeste do país recuaram 5,8% no primeiro trimestre deste ano ante o mesmo período do ano passado, mas ainda representam 72% do total registrado no país - o maior volume -, conforme apontado pela nstech, plataforma integrada de soluções de tecnologia para logística.
São Paulo (36,7%) e Rio de Janeiro (25,4%) lideram o ranking de alvos dos criminosos. No Estado paulista, no entanto, houve um recuo de 9,8% no registro de casos, enquanto no território fluminense eles avançaram 7,4% nos três primeiros meses de 2025.
Na comparação com o primeiro trimestre de 2023, o cenário atual aponta para uma queda na criminalidade no Sudeste, que chegou a concentrar 83,2% dos roubos de cargas naquele ano. Já o Nordeste e o Sul saltaram de 7,5% para 20,3% e de 4,6% para 7,6%, respectivamente, na mesma comparação, sugerindo dispersão da ação dos bandidos e aumento da vulnerabilidade nessas regiões.
Considerando as unidades federativas, São Paulo, embora seja o Estado com mais casos neste ano, já teve estatísticas mais graves: 48,8% entre janeiro e março de 2023. Em um movimento contrário, o Maranhão saiu de 0,9% para 11,3% no mesmo confronto.
PREFERÊNCIAS E MODUS OPERANDI
De acordo com o levantamento, as cargas fracionadas foram as mais visadas pelos criminosos no primeiro trimestre deste ano: 44,1% do total, 14,1% a menos do que o registrado no mesmo intervalo de 2024. O Sudeste, mais uma vez, concentrou a maior parte do prejuízo: 79,4%, novamente com destaques para São Paulo (49,9%) e Rio de Janeiro (18,5%).
Outros tipos de cargas preferidas pelos infratores são os produtos alimentícios, com 36,6% - mais do que no ano passado (24,5%) - e os eletrônicos, com 8,1% - também superando o balanço anterior (4,5%).
“Em nível nacional, o cenário não é animador. No entanto, as operações monitoradas pela nstech representaram resultados positivos. Devido aos constantes investimentos em pessoas, processos e tecnologia, nossos clientes tiveram uma redução de 32% da taxa de sinistralidade no primeiro trimestre de 2025 em comparação com o mesmo período de 2023”, disse o diretor de cadastro da nstech, Thiago Azevedo.
O estudo apresentado pela plataforma revelou ainda que as quintas-feiras foram os dias mais críticos para o transporte rodoviário de cargas. Foi quando o Sudeste acumulou 74,5% dos roubos.
Em relação ao ano passado, houve mais registros de ocorrências nas quintas, segundas, sextas e nos sábados. Já os domingos ficaram menos violentos, passando de 10,7% para 5,5%.
No que diz respeito ao período predominante de ação dos criminosos, a noite lidera, com 45,2% das ocorrências (eram 15,6% em 2023). Sobre as regiões, as áreas urbanas lideram, com 29,1% dos prejuízos, percentual menor do que o do primeiro trimestre de 2024, que chegou a 39,9%.
O levantamento também apontou as rodovias mais perigosas para os transportadores. A BR-116 foi o cenário de 11,3% dos roubos nos três primeiros meses deste ano com um perfil diferente do geral: um interesse maior dos ladrões por produtos eletrônicos (44,8%), de higiene e limpeza (36,8%) e defensivos agrícolas (18,4%), de acordo com a empresa nstech.
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